Conselheira Gisela Gondin despede-se do CNJ com homenagem

05/08/2015 17h46 - Atualizado em 05/08/15 17h46

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O encerramento da 212ª Sessão Ordinária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) marcou a despedida da conselheira Gisela Gondin do cargo. Ela deixa o CNJ nesta terça-feira (4/8) depois de dois anos de mandato exercido em uma das duas vagas destinadas a representantes do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O substituto indicado é o advogado Luiz Cláudio Allemand, que já foi sabatinado no Senado Federal e aguarda nomeação da Presidência da República.

Em discurso realizado no final da sessão, a conselheira Ana Maria Amarante destacou a disponibilidade para o diálogo da conselheira Gisela e as contribuições intelectuais trazidas ao plenário, adquiridas tanto no exercício da advocacia quanto na atuação acadêmica. “É uma mulher de princípios, coerente com a observância dos valores maiores a partir de critérios e postulados que devem nortear a atuação dos juristas”, disse.

A oradora destacou a preocupação da conselheira Gisela Gondin com prerrogativas dos operadores do sistema de justiça e com a mínima intervenção do Estado, além de pontuar os principais trabalhos realizados por ela no CNJ. Citou processos envolvendo a presença de advogados em audiências de conciliação, a inamovibilidade de magistrados, a proibição de contribuição de empresas em eventos da magistratura e a celebração gratuita de união estável para casais homossexuais hipossuficientes. Também lembrou a participação da homenageada na redação da resolução que regulamentou o Processo Judicial Eletrônico (PJe).

Depois de breves considerações do representante do Senado Federal no CNJ, conselheiro Fabiano Silveira, Gisela Gondin recebeu uma placa comemorativa da conselheira Deborah Ciocci e flores da corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi. Ela se despediu das atividades no Conselho lembrando que deixa o gabinete com estoque zerado de processos prontos para decisão.

“Eu realmente aprendi muito. Acho que tive sorte de fazer parte dessa composição porque todos aqui tivemos várias divergências, mas conseguimos passar por cima delas. Eu sempre digo que gosto do consenso, mas gosto também da divergência que possibilita chegar a esse consenso”, afirmou a homenageada.

Débora Zampier
Agência CNJ de Notícias