Dicas para enfrentar os desafios da quarentena

15/06/2020 10h03 - Atualizado em 24/02/22 20h24

 

O isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus nos impõe uma série de desafios, que podem ser fonte de estresse, ansiedade, depressão e outras formas de adoecimento psicológico.

Pensando nisso, o TJMMG criou este espaço virtual, onde você, magistrado(a) ou servidor(a), encontrará uma série de materiais e dicas cuidadosamente selecionados para lhe ajudar a atravessar este complexo momento, que nos exige muita resiliência e capacidade de adaptação, além de habilidades interpessoais e equilíbrio emocional.

Qual tem sido a sua maior dificuldade? Basta clicar sobre ela para acessar conteúdos especiais que te apoiarão a enfrentá-la com maior serenidade.

{slider Organizar sua rotina de trabalho e outros afazeres?}

A pandemia pegou a todos de surpresa: de uma hora para a outra, tivemos que nos adaptar a uma nova rotina em que o mundo do trabalho invadiu o espaço doméstico, desestruturando a vida de muitos.

Para fazer face a esse desafio, sugerimos que comece a sua navegação pelos vídeos abaixo, de apenas um minutinho, produzidos pelos Tribunais Regionais do Trabalho de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, respectivamente, com dicas de boas práticas para um teletrabalho saudável:

Quer mais dicas? O Portal Transformação Digital disponibilizou o guia “Home Office: como manter a produtividade em tempos de covid-19”:

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Guia – Acesse aqui

O Grupo Fleury também produziu um breve vídeo. Confira:

 

Agora que você já tem uma noção geral de como se organizar para o teletrabalho, que tal explorar alguns conteúdos voltados para dificuldades específicas que possa estar enfrentando?

Muitos, ao trabalharem em casa, não sabem a hora de parar. Acabam transformando todo o seu dia em expediente de trabalho, ficam sobrecarregados, exaustos e têm a qualidade de seu tempo de lazer ou de convívio familiar prejudicada. Se este é o seu caso, assista à entrevista sobre estafa mental do Dr. Drauzio Varella com o Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião e professor da Faculdade de Medicina da USP:

Mas se o que te atrapalha é a distração com outras atividades e a falta de foco, aprenda, escutando o podcast abaixo, do Canal Minuto da Produtividade, como melhorar a sua concentração neste período:

Outra tendência comum é ir adiando o que precisa ser feito, deixando as tarefas importantes sempre para depois. O vídeo abaixa apresenta sete estratégias para te ajudar a deixar de procrastinar, extraídas do livro “23 hábitos anti-procrastinação”:

Se a sua dificuldade está em administrar o tempo, você pode se beneficiar do seguinte trecho de uma palestra proferida pelo professor Leandro Karnal:

Quer se aprofundar no tema do teletrabalho? A ENAP está oferecendo dois cursos EAD gratuitos sobre o assunto, nos quais poderá se inscrever:

{slider Administrar as preocupações em relação à COVID-19?}

O bombardeio de notícias negativas e de fake news, aliado ao cenário de incertezas na saúde pública, na economia, na política e no campo social, pode nos levar a uma sensação de falta de controle, a pensamentos catastróficos e a sentimentos de medo, pânico e ansiedade.

Como gerenciar nossas emoções em períodos críticos como este? Um bom começo é se atentar para algumas atitudes básicas de cuidado com sua saúde mental. O neurologista Saulo Nardy e a psiquiatra Maria Fernanda Caliani dão dicas importantes nesse sentido:

Algumas instituições também têm se dedicado à elaboração de materiais voltados ao nosso bem-estar psicológico. Confira as cartilhas produzidas clicando no nome de cada instituição abaixo:

 

1a

 Secretaria de Saúde do Estado de Goiás

 

 

DEE

Ambulatório Multiprofissional da Dor do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora

 

 

DDD

 Laboratório de Terapia Ocupacional e Saúde Mental da Universidade Federal de São Carlos.

 

Para continuar aperfeiçoando o seu equilíbrio emocional nesses tempos de quarentena, não deixe de assistir ao vídeo do Dr. Pedro Calabrez, PhD em Ciências em Psiquiatria e Psicologia Médica pela UNIFESP:

Todas as orientações acima ressaltaram a importância de se filtrar o excesso de informações que nos chega. A reportagem abaixo explicita o quanto essa sobrecarga pode ser nociva à nossa mente:

Mesmo diminuindo a exposição à informação, as preocupações continuam tomando conta da sua mente? O vídeo abaixo, baseado em evidências científicas, pode te ajudar a frear os pensamentos intrusivos:

Mas manter os pensamentos sob controle pode ser difícil diante de tanta imprevisibilidade. Ouça o podcast publicado na Jovem Pan, em que a escritora Leila Ferreira tece reflexões sobre a arte de ser leve em meio a incertezas:

aaaaa

 

E, para te trazer um pouquinho de serenidade, que tal ouvir o que a Monja Cohen tem a nos dizer sobre a ansiedade?

Intimamente relacionado à ansiedade, está o medo, emoção natural e necessária para a nossa proteção e sobrevivência, mas que pode se tornar exacerbada e desproporcional às ameaças. Reserve 1 hora para mergulhar mais fundo na compreensão desse tema, sobre o qual o Dr. Haroldo Dutra lança luz, com muita sabedoria:

{slider Lidar com os filhos dentro de casa?}

Você, que é pai ou mãe, provavelmente está vivendo tempos bastante desafiadores com a presença de sua(s) criança(s) ou adolescente(s) em casa, em tempo integral. As demandas domésticas e profissionais somam-se às demandas dos filhos, que precisam de suporte nas atividades escolares online, além de apoio emocional para lidar com seus medos e saudades, com o tédio e a restrição de liberdades.

Em primeiro lugar, é preciso ter em mente o quanto este momento deve estar confuso na cabeça das crianças. Nesse sentido, esclarecê-las com informações corretas e confiáveis pode ajudar a dissipar suas dúvidas, confusões, medos e inseguranças. Esta cartilha, do Ministério da Saúde, explica sobre o coronavírus e suas formas de contágio e prevenção numa linguagem voltada para o público infantil:

cartilha corona 1

Download

Preocupada com os possíveis prejuízos do isolamento para a saúde e o desenvolvimento das crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou uma Nota de Alerta, com importantes dicas para os pais:

nota de alerta 1

Visualizar

Uma das dicas mais fundamentais para evitar que esse momento se torne um verdadeiro caos é estabelecer regras claras, limites, hábitos saudáveis e um plano de atividades para os filhos. Confira as orientações da neuropsicopedagoga Juliana Pinheiro para uma boa organização da rotina diária da criança:


A rotina, no entanto, não deve ser rígida. A necessidade de flexibilidade é um dos alertas que a psicóloga, colunista e consultora educacional Rosely Sayão faz nesta live do Estadão. Com sua vasta experiência e seu olhar empático, ela nos ajuda a compreender a quarentena sob a perspectiva da criança:


Se você quer continuar entendendo a quarentena a partir da ótica infantil, vale muito a pena escutar a fala da psicóloga Louise Madeira, no podcast do canal New Me:

canal new me

Mesmo com uma rotina organizada e muita empatia, as crianças estão agitadas, entediadas e você já não sabe mais o que inventar para entretê-las? Vale a pena dar uma olhada nesta cartilha que o SESC elaborou, com dezenas de dicas criativas de brincadeiras:

sesc o que fazer com as criancas durante a quarentena

Download

Você até consegue gerenciar o tempo livre das crianças e criar bons momentos de lazer, mas passa apertado quando o assunto é auxiliá-las nas atividades escolares? A Ana, uma mãe que passou um ano educando seus filhos por conta própria durante uma viagem pelo mundo, oferece cinco dicas sobre o tema:


Você brinca e estuda com seus filhos, mas, quando precisa trabalhar, eles não te dão sossego… E agora? No vídeo abaixo, Taís e Roberta Bento, fundadoras do site SOS Educação e colunistas da Revista Pais&Filhos, dão três ideias simples que podem ser úteis para conseguir a cooperação das crianças durante o seu expediente de trabalho:

“Ótimas dicas, mas acontece que meu filho ainda é muito pequeno”… É fato que cada faixa etária tem suas especificidades e, portanto, traz desafios particulares. Se você tem filhos de até 3 anos de idade, poderá se beneficiar deste vídeo do escritor e doutor em psicologia, Luiz Hanns:


Outra fase do desenvolvimento que apresenta desafios bastante específicos é a adolescência. Este episódio do Ciranda Podcast discorre sobre as necessidades e conflitos próprios dessa etapa de vida e como eles se manifestam durante a quarentena, oferecendo boas sugestões para pais de adolescentes:

 

{slider Conviver intensivamente com o seu cônjuge?}

Pesquisas mostram que, em alguns países, o número de divórcios cresceu significativamente após o fim da quarentena. Conviver com o marido ou com a esposa 24 horas por dia, sobretudo neste momento de grande estresse, pode tornar mais evidentes as divergências e acentuar crises e conflitos.

A terapeuta de casais Louise Madeira discorre com muita propriedade, neste podcast, sobre como o isolamento pode ser vivido pelos cônjuges como um martírio ou como uma valiosa oportunidade de fortalecimento do vínculo e dos afetos:

PODCAST – CLIQUE AQUI

 

 

O psiquiatra Jairo Bouer também fala um pouco sobre os impactos da convivência forçada e oferece sugestões para ajudar os casais a enfrentarem este período:

Se procura dicas mais sistematizadas, vale a pena conferir as cartilhas abaixo. A primeira foi elaborada por meio de parceria entre a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões e a Universidade do Vale do Itajaí. A segunda, pelo Núcleo de Psicologia Clínica – Abordagem Sistêmica do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul:

CARTILHA DA U.R.I. do Alto Uruguai

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CARTILHA DO NÚCLEO PSICOLOGIA CLÍNICA

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Enfatizou-se, nas cartilhas acima, a importância da comunicação assertiva e empática entre os casais e da expressão clara de sentimentos. Nesse sentido, pode ser útil ter uma noção geral sobre a chamada Comunicação Não-Violenta, assistindo aos seguintes vídeos:

A prática da Comunicação Não-Violenta exige que sejamos capazes de reconhecer e gerenciar as nossas emoções. O médico e psicoterapeuta argentino Mário Koziner ensina como os casais podem usar a inteligência emocional para lidar com os conflitos durante a quarentena:

Quer continuar refletindo sobre os desafios da hiperconvivência com o(a) parceiro(a)? Sugerimos mais dois podcasts, que abordam variados temas, como as tensões e atritos que surgem na divisão das tarefas domésticas, as principais armadilhas em que os casais caem em tempos de estresse e a importância de se preservar o espaço e a individualidade de cada um sem deixar, contudo, de cultivar momentos a dois:

PODCAST 1

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PODCAST 2

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{slider Adaptar-se às restrições de convívio social, circulação e lazer?}

A perda da liberdade de ir e vir, a privação do contato com amigos e familiares e o enclausuramento dentro de casa podem ser fonte de intensa angústia e agitação para algumas pessoas. Vivências de aprisionamento, tédio e solidão têm sido muito comuns neste período de quarentena.

Na matéria abaixo, você encontrará boas dicas para lidar com a sufocante sensação de estar confinado em um espaço limitado. Quem compartilha sua experiência é o astronauta francês Romain Charles, que passou 520 dias dentro de uma cápsula espacial:


Mas é possível sentir-se livre no confinamento? Nesta coluna do Portal Vida Simples, a terapeuta Mariana Nahas mostra que a liberdade é, acima de tudo, um estado da mente:

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Estar isolado também não significa estar sozinho. A solidão é um estado subjetivo de desconexão, que pode ser sentido inclusive na companhia de outras pessoas. Quem nos esclarece sobre isso é o Dr. Marco Abud, neurocientista e psiquiatra pela USP, que fala também sobre os graves riscos da solidão para a saúde física e sobre o tipo de vínculo humano que contribui para aplacar esse sentimento:


A escritora Martha Medeiros, na crônica abaixo, nos convida a povoar a nossa solidão:

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A solidão não precisa ser vivida necessariamente como sofrimento. Pode ser uma valiosa oportunidade de olharmos para dentro de nós. Leandro Karnal traz ricas considerações sobre a experiência da solidão, diferenciando-a da solitude e apontando o paradoxo de nos sentirmos sós em uma sociedade cada vez mais conectada:


Outro sintoma comum de nossos tempos, acentuado pela pandemia, é a vivência do tédio. Luiz Felipe Pondé discorre sobre esse tema de forma provocativa e contundente:


Para fechar essa reflexão, confira o que Rubem Alves, com muita beleza, escreve em seu livro “O retorno e terno” sobre o ócio e a nossa dificuldade de lidar com o vazio e experienciar a contemplação:

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A sua dificuldade não está listada acima? Contribua conosco enviando sua sugestão de tema para o e-mail rh@tjmmg.jus.br.

Já acessou os conteúdos e sente que ainda precisa de suporte? Que tal ser ouvido por um profissional?

Acesse aqui algumas sugestões de serviços de acolhimento psicológico disponíveis gratuitamente para toda a comunidade.

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