TJMG aborda Segurança da Informação

20/09/2010 14h49 - Atualizado em 20/09/10 14h49
A evolução das fraudes, como as instituições bancárias buscam combatê-las, os desafios decorrentes das novas tecnologias e os cuidados ao utilizar serviços bancários, redes sociais e outras atividades da internet. Esses foram alguns dos enfoques da palestra da gerente de Segurança da Informação do Banco do Brasil (BB), Francimara Teixeira Garcia Viotti, realizada na última sexta-feira, 17 de setembro. A palestra faz parte da Campanha Segurança da Informação, desenvolvida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). 

Contando histórias de fraudes recorrentes em bancos e levando a situação para o dia a dia das pessoas, afirmou que, “quando falamos em proteger, não é porque estamos desconfiando do outro, mas porque não sabemos quem está do outro lado, então toda precaução é necessária”. A servidora Maria Goreti Almeida Vieira achou o tema tão interessante que saiu da comarca de Lagoa Santa para assistir à palestra. Antes do evento, mencionou: “a mim veio a ideia de passar a informação com mais segurança”. O juiz da 14ª Vara Cível de Belo Horizonte, Estevão Lucchesi, falou que se interessa pelo assunto e que a pauta se relaciona ao seu trabalho. “São muitas as ações envolvendo fraudes e muitos casos ligados a comércios eletrônicos”, afirmou. 

O servidor Renato Saber, da 3ª Vara de Feitos Tributários, compareceu por outro motivo: aprimorar conhecimento sobre informação em função da futura digitalização de processos. “O sigilo das informações será importante neste momento”, comentou. 

O superintendente da Diretoria de Informática (Dirfor) do TJMG, desembargador Fernando Caldeira Brant, enfatizou a importância da presença de magistrados e servidores, pois eles serão multiplicadores do assunto, que é necessário institucionalmente. 

Combate 

De acordo com a palestrante, o maior crime é o roubo de identidade, por isso as instituições financeiras têm buscado combater as fraudes. Ela contou que os hackers instalavam nos terminais eletrônicos aparelhos denominados “chupa-cabra” que copiavam os dados dos clientes. Para inibir a ação, os bancos criaram os códigos com letras. Mas os hackers “são muito criativos”, comentou a palestrante. Eles chegaram a inserir um notebook nos terminais. Aí, os bancos criaram os códigos por sílabas e possuem um sistema que permite verificar os hábitos dos clientes. Assim, se o cliente, de repente, passa a fazer saques que antes não fazia, o banco o alerta e pode bloquear a conta para evitar perdas. 

Ela disse que um dos meios utilizados para iniciar a cópia de dados é o e-mail. “A gente recebe muitos e-mails falsos, pedindo para a pessoa atualizar os dados bancários, mas trata-se de uma página falsa”, relatou. Ela contou que, certa vez, uma pessoa recebeu um e-mail, que informava conter fotos do marido traindo a esposa. E, mesmo o marido explicando que aquilo se tratava de uma tentativa de roubar dados, a mulher demorou a acreditar. Esclareceu que quando a pessoa clica nos falsos links de banco ou baixam arquivos suspeitos, os hackers passam a ter acesso a tudo o que a pessoa faz no computador e, dessa forma, conseguem furtar dinheiro da conta corrente do usuário, por exemplo. 

A palestrante lembrou que os e-mails que pedem para repassá-los, porque “uma criancinha vai receber 20 centavos se isso for feito, permite que os hackers tenham acesso a inúmeros e-mails de uma só vez, facilitando o envio de mensagens fraudulentas e em grandes quantidades, o chamado “spam”. 

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