Distribuição de folder sobre doação de medula encerrou Fevereiro Roxo e Laranja

01/03/2024 14h17 - Atualizado em 01/03/24 17h10

As chances de se encontrar um doador de medula óssea compatível é de 1 entre 100 mil pessoas que não são da mesma família. Entre irmãos a chance aumenta um pouco, entre 25% a 30%. Por isso é tão importante aumentar o número de pessoas dispostas a ser um doador e, assim, diminuir os índices de leucemia no país.

Pensando em disseminar mais informações acerca do tema, a campanha Fevereiro Roxo e Laranja, promovida pelo Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (TJMMG), chegou ao fim na quinta-feira, 29, com a distribuição ao público interno de material informativo sobre doação de medula óssea. O material foi produzido pela Fundação Hemominas e distribuído por iniciativa da Comissão Gestora do Plano de Logística Sustentável (CGPLS), com apoio da Assessoria de Comunicação Institucional (Ascom).

No material a Hemominas explica que a medula óssea, encontrada no interior dos ossos e popularmente conhecida como “tutano”, produz os componentes do sangue. Isso inclui as hemácias ou células vermelhas, responsáveis pelo transporte do oxigênio na circulação; os leucócitos ou células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do organismo; e as plaquetas, que atuam na coagulação do sangue. Quem necessita de transplante de medula são exatamente os pacientes com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causada por algum tipo de câncer no sangue, como leucemias e linfomas, além de portadores de aplasia medular.

Segundo a Hemominas, podem se cadastrar para ser doadores pessoas entre 18 e 35 anos que tenham boa saúde e que não apresentem doenças, como as infecciosas ou hematológicas. A compatibilidade é verificada pela semelhança entre os antígenos dos leucócitos do doador e os do receptor, através do exame de HLA (Antígenos Leucocitários Humanos). Após confirmada a compatibilidade entre doador e paciente, o doador será novamente consultado para decidir sobre a doação. Caso concorde, será submetido a outros exames de saúde.

Doação – Quando não existe doador compatível na família, procura-se em um banco de medula óssea. No Brasil, o Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), ligado ao Inca (Instituto Nacional de Câncer), subordinado ao Ministério da Saúde, é responsável pelo cadastro dos doadores de todo o país e também pela procura em bancos internacionais, quando necessário.

Para se cadastrar, o interessado deve apresentar documento original de identidade com foto emitido por órgão oficial e preencher os formulários disponibilizados pela Hemominas. Em seguida, será coletada uma pequena quantidade de sangue, e o tipo de HLA do doador, revelado pelo exame, será cadastrado no Redome.

A doação da medula óssea pode ser realizada de duas formas. Uma delas é por punção no osso da bacia, feita por meio de um pequeno procedimento cirúrgico de, aproximadamente, 90 minutos de duração, sob anestesia. A outra é por aférese, procedimento de coleta por via periférica, que se assemelha a uma doação de sangue. Esse caso não necessita de internação, nem anestesia.

Em ambos os procedimentos os riscos para o doador são praticamente inexistentes. Apenas 10% da medula óssea é retirada e, dentro de poucas semanas, a quantidade será recomposta pelo organismo.

Na outra ponta, para receber a medula primeiro o paciente é tratado com quimioterapia, que destrói a medula óssea, para, em seguida, receber a medula doada. Em poucas semanas, a medula óssea transplantada já estará produzindo células novas.

Para saber mais, acesse hemominas.mg.gov.br.

Texto: Edição Esperança Barros (Ascom/TJMMG), a partir de texto da Fundação Hemominas