Campanha Fevereiro Roxo encerra com ação para conscientização sobre o Alzheimer

Encerrando a Campanha Fevereiro Roxo, o Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (TJMMG) fez uma ação de alerta sobre os sinais do Mal de Alzheimer. Nos dias 27 e 28 de fevereiro, segunda e terça-feira, foram entregues aos servidores e colaboradores um jogo de palavras cruzadas e uma fita na cor roxa alusiva à campanha, para conscientizar todos acerca da necessidade da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.

Para o Ministério da Saúde, o Mal de Alzheimer ou Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social, e com o consequente comprometimento progressivo das atividades diárias. O primeiro e mais característico sintoma é a perda de memória recente. Com a progressão da doença vão aparecendo sintomas mais graves, como a perda de memória remota, referente a fatos mais antigos, bem como irritabilidade, falhas na linguagem e prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

Como forma de prevenção, um estudo realizado em Harvard descobriu que pessoas com problemas leves de memória que fizeram palavras cruzadas mostraram melhora na cognição e experimentaram menos encolhimento do cérebro. Parte dos pesquisados obtiveram uma melhora de pelo menos dois pontos, o que significa que as famosas cruzadinhas podem trazer benefícios para o pensamento e a memória quase tanto quanto um medicamento aprovado pela FDA (Federal Drug Administration), órgão responsável por regular os medicamentos nos Estados Unidos.

Isso ocorre porque, primeiramente, fazer palavras cruzadas é uma atividade considerada difícil, e muitos estudos mostraram que realizar tarefas cognitivas moderadamente difíceis é útil para a saúde cognitiva e cerebral. Em segundo lugar, um jogo de palavras cruzadas bem projetado envolve várias regiões do cérebro na busca pela palavra certa. Além disso, as pistas das palavras cruzadas muitas vezes forçam a pessoa a vincular conceitos e a fazer associações que até então não imaginariam. Por último, em ambientes de convívio, as palavras cruzadas podem ser encaradas como uma atividade social, quando a pessoa com a caneta na mão normalmente lê as pistas e todos debatem sobre as melhores respostas. Em casos como esse, as atividades sociais também têm sido associadas a uma melhor conectividade entre diferentes partes do cérebro.

Pensando nisso, após um mês trabalhando conceitos relacionados às três doenças crônicas da Campanha Fevereiro Roxo – lúpus, fibromialgia e Mal de Alzheimer –, a ação encerrou com a entrega de uma palavra cruzada, em uma iniciativa do Serviço de Comunicação Institucional (Secom), em parceria com a Comissão de Gestão do Plano de Logística Sustentável, responsável pela campanha. E a iniciativa foi considerada positiva pelo público interno. Muitos relataram a necessidade de exercitar a memória e foi notável o quanto a ação promoveu a interação entre os colegas de trabalho, que buscaram solucionar o desafio em conjunto.

“Gostaria de parabenizar pela campanha de conscientização desse mês! Amei a cruzadinha e voto pra ter cruzadinha todo mês”, brincou a servidora Bárbara Marques, da 2ª Auditoria de Justiça Militar (2ª AJME). Embora o foco fosse o Alzheimer, a ação atingiu também pessoas com problemas de memória causados por outras enfermidades. O 1º sgt Martins, do Centro de Segurança Institucional do Tribunal, por exemplo, relatou que a atividade poderia ajudá-lo a exercitar a memória afetada como sequela da covid-19.

Texto: Natália Oliveira e Esperança Barros, com informações do portal Harvard Health Publishing, do portal gov.br e secretaria de Saúde do MS
Edição: Esperança Barros
Secom/TJMMG