Fevereiro Roxo: Saiba como diferenciar os quatro tipos de lúpus

23/02/2023 15h23 - Atualizado em 23/02/23 15h23

O lúpus é uma doença inflamatória autoimune que faz com que o organismo produza mais anticorpos que o necessário para mantê-lo em pleno funcionamento. Esses anticorpos em excesso passam a atacar o próprio organismo, causando inflamações nos rins, pulmões, pele e articulações. Se não tratado adequadamente, em casos mais graves pode matar.

Essa é uma das doenças lembradas pela campanha Fevereiro Roxo, que fala sobre a importância do diagnóstico precoce também da fibromialgia e Mal de Alzheimer. No caso do lúpus, ele pode se manifestar de quatro formas diferentes e com causas distintas, conheça cada uma delas:

O chamado lúpus discoide fica limitado à pele e pode ser identificado com o surgimento de lesões avermelhadas com tamanhos, formatos e colorações específicas no rosto, na nuca e/ou no couro cabeludo.

No lúpus sistêmico – o mais comum, afetando aproximadamente 70% dos pacientes com a doença, principalmente mulheres -, a inflamação ocorre em todo o organismo, compromete vários órgãos ou sistemas além da pele, como rins, coração, pulmões, sangue e articulações. Algumas pessoas que têm o lúpus discoide podem, eventualmente, evoluir para o sistêmico.

Há ainda o lúpus induzido por drogas e/ou medicamentos, que pode provocar inflamação com sintomas parecidos com o lúpus sistêmico. Nesse caso, tende a desaparecer assim que o uso da substância terminar.

Já o lúpus neonatal é bastante raro e afeta filhos recém-nascidos de mulheres que têm lúpus. Normalmente, ao nascer, a criança pode ter erupções na pele, problemas no fígado ou baixa contagem de células sanguíneas, mas os sintomas tendem a sumir naturalmente após alguns meses.

Segundo o Ministério da Saúde, independentemente do tipo de lúpus, os sintomas mais comuns são fadiga; febre; dor nas articulações; rigidez muscular e inchaços; e rash cutâneo (vermelhidão na face em forma de “borboleta” sobre as bochechas e a ponta do nariz ou generalizado, e pode piorar com a luz do sol). Eles podem surgir de repente ou se desenvolver lentamente, podem ser moderados ou graves, temporários ou permanentes. A maioria dos pacientes apresenta sintomas moderados, que surgem esporadicamente em crises que se agravam por um tempo e depois desaparecem.

Texto: Edição Secom/TJMMG, a partir de textos do portal gov.br e secretaria de Saúde do MS