Palestra ensina como ter uma atitude proativa diante da vida

10/03/2023 17h20 - Atualizado em 26/06/23 11h04

Sair da chamada zona de conforto não é fácil, e mexe com crenças limitantes que dizem respeito à história que queremos escrever. Para muitos, tomar as rédeas da própria vida é um desafio em diversos aspectos, seja pessoal ou profissional, e para promover uma reflexão sobre o tema o Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (TJMMG) promoveu, na tarde de quinta-feira, 9, a palestra “Proatividade: a iniciativa de fazer além do mínimo”, ministrada pelo psicólogo e palestrante Gilberto Fernando de Paiva Santos, especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho, em Psicologia Clínica e em Terapia Cognitivo Comportamental.

Gilberto Fernando de Paiva Santos iniciou a palestra explicando que existem três categorias de pessoas: as passivas, as reativas e as proativas. As passivas, segundo ele, não realizam nada e vivem da realização das outras pessoas, achando que não têm que participar.

“As pessoas reativas até fazem, mas tem que cutucá-las”, prosseguiu, detalhando a segunda categoria. “São pessoas que vivem reclamando e acham que a vida é só problema, porque vivem de apagar incêndio. Como são reativas, não têm a percepção analítica de antecipar as coisas, e só resolvem quando o problema já estourou. A vida dela é um inferno”, descreveu.

Com esses perfis, tanto as passivas quanto as reativas não têm um sentimento de autorrealização e autoestima, necessidades intrínsecas do ser humano. “E se a gente quer, de fato, ter uma vida mais realizada e feliz, temos que ser proativos. Temos que pegar no leme da nossa vida e assumir a direção”, ensinou o psicólogo, ressaltando que, ao ser proativo, a pessoa consegue ser autora da própria vida e, ao fazer algo de bom para si, faz também para o seu entorno, até porque sabe que não consegue fazer boa parte das coisas sozinha.

Ao tomar ou não uma atitude, Gilberto Santos explicou que pessoas, grupos e organizações podem ser delimitados através de uma linha imaginária que separa o êxito e o fracasso. Na área do êxito estão aqueles que visualizam e identificam os desafios; tomam posse, responsabilizando-se por um resultado; resolvem, tendo atitude para alcançar o que desejam; e agem, executando as ações para ter o resultado. Na área do fracasso estão aqueles que preferem a passividade, que esperam para ver acontecer, e que não se responsabilizam, negando dificuldades ao longo de sua trajetória e apontando culpados pelos problemas em geral.

Para passar de passivo ou reativo para proativo, o psicólogo disse que é preciso definir o que se quer e onde se deseja chegar, e um exercício que ele indica para isso é a chamada “visão de helicóptero”, quando se olha de cima para diversos aspectos da própria vida. “É com essa chamada visão sistêmica que passamos a observar os detalhes”, ressaltou, destacando que também é preciso ter flexibilidade cognitiva, quando se trabalha os preconceitos, inclusive no trabalho. “Quando você tem preconceitos, não consegue ser criativo, e hoje o que mais se pede no mundo corporativo é criatividade e inovação, em oposição à rigidez cognitiva”, revelou.

Ter “accountability” é outra ferramenta fundamental para se mudar de patamar. O termo, emprestado do ambiente corporativo, é neste contexto entendido como se responsabilizar e prestar contas por si mesmo ou, como diz o escritor Roger Connors, “é ter um senso (individual ou coletivo) de responsabilidade por resultados”.

Atitude Positiva – A palestra “Proatividade: a iniciativa de fazer além do mínimo” integra o programa “Atitude Positiva”, idealizado pela Seção de Desenvolvimento de Pessoas da Diretoria de Recursos Humanos, com o objetivo de desenvolver, nos servidores e colaboradores da Justiça Militar de Minas Gerais, competências comportamentais importantes para o bom desempenho das atividades e para a melhoria das relações interpessoais no trabalho.

O programa, que contará com outras três palestras ao longo do ano, foi elaborado a partir de demandas identificadas conjuntamente com os gestores das diversas unidades do Tribunal, e pretende trazer reflexões que estimulem uma efetiva mudança de atitude frente aos desafios diários que as tarefas e o convívio apresentam. A palestra que abriu a programação teve realização do Serviço de Comunicação Social (Secom) e apoio da Escola Judicial Militar (EJM).

Texto: Esperança Barros
Secom/TJMMG