Militares presos no bairro São Geraldo, em BH, após troca de tiros com supostos meliantes, são postos em liberdade provisória pela Justiça Militar.

30/08/2012 18h39 - Atualizado em 30/08/12 18h39

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Foram presos, no último dia 27 de agosto, dois sargentos do GATE – Grupamento de Ações Táticas Especiais – por, em tese, em uma ação policial, terem alvejado um civil.

De acordo com os autos, durante a operação policial no bairro São Geraldo, os militares teriam ouvido disparos de arma de fogo vindos do interior de um restaurante. Logo em seguida, teriam percebido o desespero de cidadãos que procuravam abrigo e socorro, momento em que visualizaram dois indivíduos munidos de uma pistola semiautomática e uma submetralhadora, que teriam disparado contra os militares. Houve troca de tiros, um dos agressores foi atingido por um projétil. Tal agressor teria se evadido na garupa de uma motocicleta, mas, pouco depois, foi encontrado caído no solo, ainda com vida. A guarnição providenciou o socorro médico, mas o suspeito veio a óbito. O armamento foi apreendido.

De acordo com a decisão do magistrado, André de Mourão Motta, que colocou os militares em liberdade provisória, testemunhas teriam relatado que os homens do GATE teriam sido recebidos a tiros pelas vítimas, em pelo menos duas oportunidades. Diante das circunstâncias, “os militares agiram prontamente, valendo-se do uso progressivo, equilibrado e moderado da força, tudo nos termos do art. 234 do CPPM, agindo em legítima defesa, repelindo injusta agressão, revidando também com disparos de arma de fogo”. “Vale observar que, a atuação dos militares do GATE foi a salvação dos cidadãos que estavam naquele local, pois estavam à mercê de marginais, que impiedosamente com armas poderosas, fuzilavam pessoas inocentes sem a menor capacidade ou possibilidade de se defenderem, não se descartando, outrossim, a legítima defesa de terceiros. ”, manifestou o juiz em seu despacho.

 

Em liberdade provisória, os militares deverão comparecer a todos os atos do processo, sob pena de se revogar a concessão.

Foto ilustrativa (Google Maps)
 
Ascom – TJMMG