Diretoria da Associação de Magistrados Mineiros presta homenagem ao desembargador Rúbio Paulino Coelho

20/03/2024 17h42 - Atualizado em 20/03/24 17h42

A diretoria da Associação de Magistrados Mineiros (Amagis) realizou na tarde de terça-feira, 19, um encontro dedicado ao desembargador Rúbio Paulino Coelho, para homenageá-lo pela sua gestão à frente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (TJMMG), que se encerra na próxima quinta-feira, 21. Durante a reunião, o desembargador foi homenageado com uma placa e com palavras que exaltaram o trabalho por ele desenvolvido no período de 2022 a 2024.

A placa registra que “a magistratura mineira reconhece e homenageia a profícua gestão” do desembargador “na presidência do TJMMG, no qual deixa legado de liderança exemplar e de trabalho em prol do interesse público, da sociedade e da prestação jurisdicional de excelência”. O mesmo sentimento foi compartilhado pelo presidente da Amagis em seu discurso aos magistrados presentes.

“É chegado o entardecer de uma gestão digna, de um homem probo e fraterno. Eu sempre pensei que, na hora em que a gente deixa uma função qualquer, é claro que sempre vão ficar as memórias daquele trabalho, mas nós precisamos eternizar isso, e acho que numa função judicante não há melhor lugar que possa trazer uma mensagem realmente sincera do que aquela mensagem que os seus colegas possam festejar com você. Então essa é uma cerimônia de classe, de irmãos que querem o melhor um do outro, sempre, e a Amagis festeja hoje esse pôr do sol da gestão do desembargador Rúbio. Em nome da direção da Amagis, fica esse sentimento de gratidão de amigos”, disse o juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, que fez a entrega da placa acompanhado pela vice-presidente administrativa da Associação, juíza Rosimere das Graças do Couto.

Para o presidente da Amagis, a Associação nunca esteve tão próxima ao TJMMG como no momento atual, e ele credita muito disso “a essa postura de abertura e de confiança recíproca” que a gestão do desembargador Rúbio proporcionou, em especial no trabalho intenso de busca pelo fortalecimento dessa justiça especializada. “Fiquei muito impressionado com ele e com o poder que ele teve de se articular para outras coisas, inclusive para levar a cabo um concurso para juiz. Passaram-se mais de 20 anos e a Justiça Militar não havia tido essa oportunidade de acolher novos colegas de carreira, e isso foi muito graças ao Rúbio, que com certeza valeu-se de todos aqueles que estavam na Corte, valeu-se de tirar o maior proveito de todos os seus funcionários, de tirar o maior valor de cada um para conseguir alcançar esse resultado”, elogiou.

E prosseguiu: “A gente sabe que não é brincadeira. Em um país onde se discute muito qual a necessidade de uma justiça especializada, pouco compreendendo as ações especializadas e as dificuldades, do operacional, do homem que está ali enfrentando a criminalidade a todo instante, dos momentos de reação repentina, da preparação que ele precisa ter. E quem é que tem essa preparação para julgar isso, que é muito maior, porque é muito mais específica, evidentemente, do que nós temos como juízes na Justiça Comum? Não compreender isso é ter um olhar extremamente míope em não querer enxergar o que é dar uma prestação jurisdicional de excelência”.

Magistrados – O encontro foi realizado na sala de reuniões da presidência da Amagis, e foi prestigiada pela diretoria da Associação e por magistrados da Justiça Militar de Minas Gerais. Estiveram presentes todos os desembargadores, entre os quais os que integram a atual gestão – Fernando Galvão, vice-presidente; Sócrates Edgard dos Anjos, corregedor; Osmar Duarte Marcelino, ouvidor; e James Ferreira Santos, diretor da Escola Judicial Militar. Também participaram do encontro os desembargadores Fernando Armando Ribeiro e Jadir Silva, que assumirá a nova gestão à frente da presidência do TJMMG para o biênio 2024-2026, e que na Amagis estava acompanhado pela esposa Rosângela Aparecida dos Santos Silva.

Também participaram do encontro os juízes titulares da Justiça Militar André de Mourão Motta e João Libério da Cunha, bem como os juízes substitutos Bruno Cortez Torres Castelo Branco, Carolina Aleixo Benetti de Oliveira Rodrigues, João Pedro Hoffert Monteiro de Lima, Renata Rodrigues de Pádua, Marcos Luiz Nery Filho e George Walter Barreto Paviotti.

Falando pelos desembargadores da JME, o cel. Osmar Duarte Marcelino registrou o “privilégio de conviver com o cel. Rúbio há 48 anos”, desde quando ingressaram juntos nas fileiras da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). “Desde o primeiro ano na Academia da Polícia Militar, ele foi uma referência para nós. Era aquela pessoa em que a gente buscava o conselho, uma pessoa acolhedora, sempre tinha uma palavra sábia. O coronel Rubio é um líder nato, e não poderíamos esperar outra coisa a não ser uma gestão igual a que está acontecendo hoje, que vai deixar marcas para sempre”, pontuou.

Agradecimento – Em seu discurso de agradecimento, o presidente Rúbio Paulino Coelho rememorou o quanto sua relação com a Amagis contabiliza muitos anos. “Tomei posse no dia 23 de dezembro de 2002. Na primeira semana de janeiro eu me filiei à Amagis, exatamente porque sempre entendi a importância e o peso que a Associação dos Magistrados de Minas Gerais tem na vida de cada um de nós que somos associados. E desde então sempre procurei manter um convívio muito afetuoso e respeitoso com a nossa Amagis”, recordou.

Ele ressaltou, então, que essa relação longeva vem consolidando os laços cada vez mais, em prol de uma Justiça Militar mais sólida e mais conhecida. “Eu não poderia imaginar que agora, quando tive a oportunidade dada pelos colegas de ser presidente pela segunda vez no Tribunal, que nós tivéssemos uma acolhida tão especial e tão afetuosa como tivemos aqui na Amagis. Eu diria que a Justiça Militar nunca se sentiu tão inserida no Poder Judiciário”, disse.

Nesse sentido, entre tantas homenagens recebidas ao longo da carreira como magistrado, em especial à frente da presidência, o desembargador Rúbio fez questão de ressaltar o quanto a homenagem de seus pares magistrados da diretoria da Amagis tinha um significado especial. “Nos últimos dois anos recebemos muitas homenagens, mas receber o abraço da diretoria desta Associação respeitadíssima é muito importante para mim e vale muito para a Justiça Militar mineira, porque em todos esses anos temos buscado consolidar a imagem da Justiça Militar e não é um desafio pequeno. É um desafio que se torna maior em virtude do desconhecimento que os cidadãos, e a própria magistratura no Brasil de um modo geral, têm sobre a nossa justiça especializada. A Justiça Militar tem mesmo que estar inserida no dia a dia do Poder Judiciário e é isso que procuramos fazer dentro de um dos nossos eixos nessa administração, o fortalecimento da nossa imagem institucional. Então essa homenagem é da Justiça Militar, não minha, mas com certeza a mim, pessoalmente, é a maior homenagem que eu recebo na magistratura, para meu orgulho”, concluiu.

Texto: Esperança Barros
Ascom/TJMMG