Entrevista coletiva à imprensa

03/07/2012 11h55 - Atualizado em 03/07/12 11h55

 

Em entrevista coletiva à imprensa, pouco antes de sua posse solene, ocorrida no dia 29 de junho, o novo presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), desembargador Herculano Rodrigues, falou de seus projetos e dos desafios à frente da Justiça mineira. Investir na implantação do processo eletrônico, cumprir o planejamento estratégico do TJMG e atender às demandas das comarcas do Estado de acordo com as possibilidades orçamentárias. Essas são algumas das metas do presidente do Tribunal. Como prioridade de sua gestão, Herculano Rodrigues elegeu a implantação do processo eletrônico. Para ele, para que o Tribunal mineiro tenha condições de cumprir adequadamente a sua missão, é preciso investir nessa ferramenta tecnológica. “Quem não investe em tecnologia fica para trás. O processo eletrônico significa o fim da cultura do papel. Isso garantirá modernidade, agilidade, custos menores e mais eficiência para o Judiciário”, afirmou. A implantação, segundo ele, deve começar por Belo Horizonte e pelas comarcas de Entrância Especial, que têm mais de 120 mil habitantes.

Em relação à divulgação de dados sobre o funcionamento do Tribunal mineiro para a sociedade, o desembargador reafirmou o compromisso do TJMG com a transparência e o cumprimento da lei. “Aguardamos as orientações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre isso. Assim que houver a definição de como essa divulgação deve ser feita, iremos segui-la”, disse.

A questão orçamentária deve ser um dos desafios da gestão do desembarador Herculano Rodrigues, que vai lidar com recursos limitados para atender às inúmeras demandas e necessidades das 296 comarcas mineiras. “Obviamente, se o Estado arrecada menos, isso provoca impactos no Judiciário. Manter nossa estrutura custa caro. Entretanto, precisamos pensar sempre na necessidade de investir em melhorias, observando as limitações orçamentárias.” Dentro do que foi previsto no planejamento estratégico para este ano, devem ser instaladas algumas comarcas e varas.
Como a procura pela Justiça é crescente, o magistrado ressaltou a importância de investir em formas alternativas de solução de conflitos, como a conciliação.

Em sua fala, o novo presidente defendeu a realização de eleições diretas para a escolha da direção dos tribunais. “Sou a favor da democratização, mas esse tema exige reflexão e pode ser que eu mude meu posicionamento com o tempo. Será que a eleição direta não provocaria uma politização do Judiciário e a formação de correntes defendendo pontos de vista diferentes dentro da instituição? Não sei se isso seria benéfico”, opinou.

No encerramento da entrevista, o magistrado ressaltou o seu desejo de levar todos os ganhos possíveis ao Judiciário durante a sua gestão.

03/07/2012

Fonte: TJMG

Ascom – TJMMG