Prática de combate a incêndio encerrou curso de formação de brigadistas
Combate a princípio de incêndio utilizando extintores e combate a incêndio utilizando hidrantes e manobras com mangueiras. Instrução de como apagar princípio de incêndio em botijão de gás e simulação de evacuação de prédio com fumaça dificultando a visibilidade e a respiração. Essas foram algumas das habilidades aprendidas pelos servidores e colaboradores da Justiça Militar de Minas Gerais capacitados pelo Curso de Formação de Brigada de Incêndio, que encerrou na última sexta-feira, 20, com uma aula prática realizada no Centro de Treinamento 113, em Betim.
Ao todo, 43 pessoas estão aptas a atuar como brigadistas, no intuito de ampliar os recursos de prevenção e combate a incêndio e pânico, visando atender à legislação vigente e a servir de apoio em situações de emergência dentro das instalações do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (TJMMG). “Foi a primeira vez que fiz este curso e, se houver oportunidade, gostaria de fazer mais vezes”, diz Jenifer Patrícia Figueiredo Guedes, colaboradora terceirizada que atua como assistente administrativo na 1ª Auditoria da Justiça Militar.
Jenifer, que participou do curso sem nenhum conhecimento prévio referente a salvamento, conta que, mais do que simplesmente aprender técnicas, o treinamento mexeu com seus medos e superou seus limites e expectativas. “O maior desafio foi apagar a chama do gás de cozinha, o que inicialmente me deixou apavorada, porque a gente acha que sabe alguma coisa, mas não sabe nada. Não tinha conhecimento nenhum na área e eu me apaixonei mesmo. É um aprendizado superválido não só para o Tribunal, como para a nossa vida pessoal, porque hoje, se acontecer alguma coisa de emergência na minha casa, por exemplo, sei como entrar em ação para tentar ajudar”, ressalta.
Superar os próprios medos também foi o principal desafio para o diretor executivo Eli Alvarenga, servidor do TJMMG há mais de três décadas. “Apagar a chama do gás de cozinha durante a aula prática me marcou, porque esse é um medo que a gente tem desde a infância, pensamos logo que o botijão vai explodir. Esse trauma acho que superei, e a experiência e a segurança que o curso me trouxe vou levar para a vida, porque você se sente mais preparado para o dia a dia, caso precise usar esse conhecimento”, destaca. “Nos 32 anos que trabalho no Tribunal, foi a primeira vez que fiz o curso e estou muito feliz com o aprendizado”, completa.
Capacitação – O Curso de Formação de Brigada de Incêndio foi uma realização do Centro de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais (Cesi/TJMMG), por meio de sua equipe de Bombeiros Militares, e da Escola Judicial Militar, e contou ainda com a parceria do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). Foram habilitados servidores efetivos, terceirizados, de recrutamento amplo, estagiários e militares, que tiveram quatro dias de encontros teóricos no auditório do TJMMG e a aula prática encerrando a capacitação.
As aulas, que totalizaram carga horária de 20h, foram ministradas pelo 1º sargento BM José Zito da Silva Filho, pelo 2º sargento BM Thiago Bruno de Albuquerque, pela 3º sargento Lucélia Moreira Santos, pelo soldado Igor Clave Coelho Resende e pelo subtenente BM Carlos Rodrigues Gomes, coordenador da equipe de bombeiros do TJMMG. “Devido à obtenção do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros – documento emitido pelo Corpo de Bombeiros que certifica que uma edificação cumpre todas as regras de combate a incêndios), é obrigatório que todo estabelecimento tenha a brigada. Os brigadistas estão aptos, por exemplo, a fazer a evacuação do seu andar caso toque o alarme de incêndio. Ou no caso de uma pessoa que passa mal, eles já vão saber identificar o que está acontecendo e podem fazer uma primeira resposta até nos acionar ou até a gente acionar o socorro adequado. Isso dá uma agilidade maior ao nosso trabalho, amplia nossa capacidade, e também dá mais segurança a todos”, explica o subtenente Gomes.
Aulas – Entre os conhecimentos adquiridos pelos servidores estão noções de primeiros socorros com classificação de riscos, sinais vitais e faixas etárias, e de procedimentos a serem adotados diante de obstrução de vias aéreas por corpo estranho (o chamado Ovace, que pode ocorrer tanto com líquidos quanto com sólidos), queimaduras, hemorragias e casos clínicos de convulsões, desmaio, infarto agudo do miocárdio (IAM) e de acidente vascular cerebral (AVC, também conhecido como acidente vascular encefálico, ou AVE).
Quanto às medidas de combate a incêndio, eles foram orientados sobre os tipos de incêndio e as medidas de prevenção da edificação, receberam noções sobre o valor da prevenção e adquiriram habilidades para guardar a vida da população protegida. Alguns tipos de acidentes domésticos também estiveram na pauta do curso.
Na aula prática foi feito um simulado, quando a turma foi dividida em equipes para o combate a incêndio, retirada de vítimas e técnicas de primeiros socorros. A intenção é que a cada ano haja uma reciclagem para os já habilitados e, a cada dois anos, sejam abertas turmas para novos servidores e colaboradores interessados em atuar como brigadistas no TJMMG.
Texto: Secom/TJMMG