Servidores e colaboradores do TJMMG participam de minicurso sobre Comunicação Não-Violenta

29/06/2023 08h29 - Atualizado em 29/06/23 12h48

Servidores e colaboradores do Tribunal de Justiça Militar do Estado de Minas Gerais participaram, nessa segunda-feira, 26, e terça-feira, 27, de um minicurso vivencial sobre Comunicação Não-Violenta.  A professora doutora em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em Justiça Restaurativa, Mayara de Carvalho Siqueira, esteve à frente do conteúdo ministrado remotamente via plataforma Zoom.

A Comunicação Não-Violenta é abordagem sistematizada, teorizada pelo psicólogo Marshall Rosenberg e pode ser uma poderosa ferramenta de prevenção ao assédio, na medida em que contribui para a construção de relações de trabalho mais empáticas e compassivas.  Na abertura do minicurso, o presidente da Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e do Assédio Sexual da Justiça Militar do Estado de Minas Gerais, desembargador Fernando Armando Ribeiro, destacou, com otimismo, a importância da CNV para as relações humanas.

“A história não foi feliz em construir caminhos equânimes para os processos de intersubjetividade, e a Comunicação Não-Violenta é um novo caminho para navegar em águas mais humanas e perceber adequadamente o outro, que de certa forma também nos constitui”, pontuou o magistrado. Para além do fator humano, também foi enfatizado pelo desembargador a importância da CNV para os operadores do direito. “É elemento de grande importância para quem trabalha no serviço público, onde essa relação com o outro é a ainda mais pujante, e para quem trabalha com o direito, que são as pessoas que fazem a mediação dessas relações.”

Os participantes do curso puderam ouvir relatos de vivências da professora Mayara de Carvalho em sua atuação jurídica e também pessoais, e a aplicação da CNV na prática, além de ser oferecido pela docente um espaço confortável para o esclarecimento de dúvidas e contribuições. A professora ainda explicou que a CNV só é possível a partir de uma observação sem julgamento, seguida pela identificação de sentimentos e necessidades para finalmente ocorrer uma tomada de ação. Mayara ainda afirmou que, “não querer um mundo sem violência demanda não agir com violência”.

Texto: Larissa Figueiredo
Secom/TJMMG